terça-feira, 21 de abril de 2009

futilidade

Se você pesquisar no Orkut comunidades com a palavra "futilidade", vão aparecer mais de 50. Mas o mais engraçado é que as pessoas que estão nessas comunidades, na maioria das vezes, nem sabem o que quer dizer futilidade e provavelmente se comportam de um jeito fútil e só estão nessas comunidades pra poder fazer uma média.
Enfim... Futilidade s.f. : atividades, conversas ou sentimentos vazios que não levam a crescimento algum. A palavra futilidade se refere à falta de valor, sem importância, vulgar, banal, sem sentido, sem nexo, sem noção, vazio. Pode-se ainda dizer que futilidade é ninharia, tolice, vaidade, vanidade, etc.
Um exemplo são aquelas pessoas que são bonitas e sabem disso, mas que, por isso, se sentem superiores às outras. Melhor ainda são aquelas que nem bonitas são, mas que quando alguém critica, apenas dizem "ah, é inveja". Seja a pessoa considerada feia ou bonita (porque isso não cabe a mim julgar), acho ridículo o fato de ela pessoa "se achar", seja pelo que for. Ninguém é superior a ninguém.
Isso me lembra uma parte do livro 'O pequeno príncipe' (que apesar de aparência e textos considerados "para crianças", é, de longe, um dos melhores livros que já li), em que conta a história de um vaidoso e no final diz "para os vaidosos, todos são admiradores". E é bem assim mesmo. As pessoas ficam cegas. Não vão em busca daquilo que realmente tem valor e ficam se importando demais com elas mesmas. Mas se alguém diz a elas que o que estão fazendo é errado, nem dão ouvidos, afinal, todos morrem de inveja e por isso querem ver ela no chão.
Não vejo a menor graça em pessoas convencidas. O cara pode lindo por fora, mas algum conteúdo ele precisa ter. E o interessante é que a maioria das pessoas extremamente bonitas são também extremamente burras. Mas isso também é bem culpa da sociedade. É aquela coisa do tipo "sou bonita, não preciso de mais nada pra subir na vida" ou "sou feio, o jeito é estudar e me tornar culto".
Alguns amigos me zoam, porque minha definição de beleza não é das mais comuns. Homens cobiçados não me atraem. O comum não me atrai. Se eu digo que não acho tal mulher bonita, não é inveja, é sinceridade. Vejo mais a beleza de uma pessoa no caráter dela do que no externo.
Saí um pouco do tema, mas tudo isso que falei tem certa conexão com futilidade. Qualquer coisa desnecessária e superficial é fútil. Qualquer pessoa que julga mais o externo que o intelecto, é uma pessoa fútil. O que mais me assusta é que "futilidade" é um substantivo feminino e, convenhamos está nos genes femininos também. Só espero que isso não me afete um dia ._.

sábado, 7 de março de 2009

Padrões sociais


Nem sei direito como começar esse post, porque ele foi resultado de pensamentos e conversas de MSN... e é aquela coisa: se eu não anotar, esqueço tudo. Enfim, tentemos.
Muitas das pessoas que converso hoje, eu acabei conhecendo através de outros amigos. Mas uma boa parte eu conheci pela internet. Aí, na maioria dos casos, chega aquele momento de conhecer pessoalmente. O que acontece? Bate o medo de não ser aceita, principalmente quando a pessoa é alguém que você considera e gosta muito (sim, por MSN isso é possível). Aí começam as paranóias* de "ah, fulano não vai me aceitar como eu sou". Aí parei pra pensar o porquê de isso acontecer. Cheguei à conclusão seguinte: como eu não sou uma pessoa que se encaixa perfeitamente nos padrões impostos pela sociedade (magrela, peituda e de bunda grande), acabo me sentindo rejeitada mesmo antes de saber a opinião da tal pessoa.
Existem várias pessoas que conheci por internet e que converso hoje em dia, mas isso pra mim não basta pra que eu me sinta menos insegura. Porque quando a auto estima é do tipo da minha, o pensamento é sempre o seguinte "não, mas no caso tal eu dei sorte, mas nem todas as pessoas pensam como o fulano". Deu pra pegar a linha do raciocínio?

No meu caso por exemplo, quando eu gosto do jeito de uma pessoa, ela pode ser o que for, que eu já gosto dela e pronto, porque pra mim vale mais o que a pessoa é do que a aparência que ela tem. Mas mesmo as pessoas me dizendo que também são assim, é difícil acreditar. Dá aquela impressão de que a pessoa só diz isso para eu não me sentir mal. Enfim, se estiver saindo alguma coisa sem lógica no post, alguém me avise, porque virei a noite acordada e o sono é uma espécie de etanol pra mim.
Eu quis postar isso aqui porque tem muito a ver com futilidade o fato de a sociedade impor esses padrões e esquecer que as pessoas também tem a tão falada "beleza interior". Aí no fim das contas, quem não se considera "perfeito" (e na maioria dos casos isso acontece com mulheres, porque a maior parte dos homens olha muito mais o externo) acaba se fechando cada vez mais, ficando cada vez mais em casa, por medo de se expor e ser tachada de ridícula.
Muitas das diferenças que tenho não me incomodam, como roer unhas (a única questão relevante de ter unhas grandes é estética), usar roupas "não-tradicionais" (e olha que na cidade-ovo que moro, o tradicional é bem tradicional), ouvir músicas que ninguém mais da minha cidade conhece (isso eu até acho bom), achar beleza em pessoas que ninguém mais acha, não agradar de amizade com mulheres (salvo raras excessões, porque quase todas são frescas e fúteis ao extremo) e outros etcéteras mais. Mas em algumas coisas... exemplo: meu sonho é ser magrela e branquela. Branquela já fui, mas o verão não me permite mais.
Então pra não estender demais, porque preciso dormir, a questão que quero deixar como "ponto de discussão" é essa maldita invenção ridícula de padrões que acabam tirando o valor daquelas pessoas que possuem muito mais qualidades do que as "pessoinhas perfeitas" que aparecem na tv. É como dizem: não somos de plástico. Devemos aceitar cada um como é, desde que isso não nos prejudique em nada, claro.
Acho que é isso. Hahaha... nada mais a declarar. Bom fim de semana pra quem ler o post. \o/


*Fiquei em dúvida se a palavra "paranóias" tinha acento por causa da maldita e inútil reforma ortográfica. Então deixei como era.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O blog existe há tempos, mas a primeira postagem demorou :D
Não por falta de coisas a se dizer, mas mais por falta de conseguir passar as ideias para as palavras. Às vezes, por ter ideias e não ter como anotar. Aí já viu, né?

Não vou tirar o mérito de criação do blog do Markinhos. Aliás, uma as melhores ideias de blog que já vi, porque até nesse meio de comunicação, a superficialidade vem dominando. Blogs sobre artistas, sobre paixões colegiais, sobre bandas ridículas que não têm o menor conteúdo em suas letras. E por aí vai.
O que me impressionou na "existência" desse blog é que, hoje em dia, é extremamente raro encontrar homens que dão mais valor à uma boa conversa do que a uma bunda. E isso não os faz menos homens. Pelo contrário. Isso mostra que, mesmo raros, ainda existem homens com conteúdo. E hoje em dia, tanto homens quanto mulheres, se mostram cada vez mais burros. Mulheres que só dão valor a maquiagem, dinheiro, roupas e moda em geral. Homens que só dão valor a mulheres-maçã: bonitas por fora, mas podres por dentro. E no fim das contas, aqueles caras não tão bonitinhos e aquelas mulheres não tão "perfeitas" acabam sendo deixados de lado porque ninguém mais se importa com o que eles têm por dentro.
Então você, amiguinho leitor, me diga: quando você estiver lá com seus 80 anos, o que vai restar intacto? O interno ou o externo? E quando a bunda da sua esposa estiver sendo chamada pela gravidade e todo o seu dinheiro tiver se convertido em planos de saúde? Se o seu interior estiver podre, você acha que alguém vai ficar atrás de você, te adulando? Pois saiba que não vai.
Então o que digo é que um dos caras mais fodas que já conheci foi o criador desse blog. Não digo isso por puxação de saco nem por segundas intenções. Digo isso por sinceridade, porque ele é um dos poucos que ainda restam que não dá valor a futilidades, mas ao que as pessoas têm por dentro, sem medo de adimitir.
Pensem em como estão levando suas vidas, meros mortais. xD